Feira de São Bartolomeu - Trancoso 2005

Esta foi a nossa primeira aparição pública com os nossos Polos Azuis e o Cortiço ao pescoço, como manda a regra...
Como era de esperar, a primeira tasca que encontrámos dentro da feira foi o nosso ponto de paragem para jantar.

Ao principio ainda estávamos bastante apreensivos pelo facto de estarmos todos vestidos de igual. Já para não falar de toda a gente que passava por nós e ficava a olhar fixamente.

No entanto, houve logo quem se encarregou de fazer a festa, como manda a regra. Escusado será dizer, que com um jantar destes (bom diga-se de passagem) a sede aumentava, foi então que chegou a altura indicada de estrear o até então novo, cortiço do grupo, que na altura levava 1,25L. É verdade, leram bem, cabia lá uma garrafa de 0,75 e mais alguma coisa...

Estas são apenas algumas amostras das várias tentativas que foram efectuadas no sentido de esvaziar o cortiço do grupo.

É claro que havia sempre quem tivesse mais sede. E nesses casos toda a ajuda é pouca, porque ao pé de nós ninguém morre à sede. Que o diga o Cortiço Bruno Quintaneiro...

Depois deste bom repasto, chegou a altura de ir-mos ter com o nosso amigo de longa data o Tony Carreira, é claro que durante este tempo todo, festa e animação não faltaram. Se repararem bem na foto do Tony, ele viu-nos ao pé do bar e estava a acenar-nos, até apontou o dedo para nós, foi por isso que lhe tirámos uma foto.

No final do espectáculo, o nosso sucesso foi tanto que foram centenas as pessoas que fizeram fila para beber do nosso cortiço (como demonstra a foto).

Assim foi a nossa primeira aparição pública. Para a primeira vez não foi nada mau...

As origens do Cortiço...

A Cortiça é um material de origem vegetal da casca dos sobreiros, com grande poder isolante. Extrai-se pela primeira vez ao fim de cerca de 25 anos, pelo que é denominada de cortiça “virgem”. Numa segunda extracção, em que a cortiça é conhecida por “secundeira”, terá de ser respeitado um intervalo mínimo de nove anos, bem como nos descortiçamentos seguintes. Apenas nessa fase, a partir do terceiro descortiçamento o que perfaz cerca de 50 anos para que se aproveite a melhor cortiça, a chamada “amadia”, para o fabrico de rolhas. A cortiça é um dos produtos naturais mais apreciados. Durante mais de três séculos a cortiça teve uma forte relação com o vinho, daí o nosso cortiço dar essa continuidade e importância. O Cortiço propriamente dito, não é mais do que uma saliência que vai aparecendo de vez em quando nas pranchas de cortiça, dependendo dos sobreiros claro, e que depois de bem trabalhado e cortado, assume esta forma de concha que vocês podem ver na foto. Existem Cortiços de vários feitios e tamanhos, contudo o seu aspecto depende sempre da habilidade de quem o trabalha…

Como tudo começou...

Foi no dia 1 de Novembro de 2004 que alguns dos membros dos Cortiços, em pleno lanche na Tasca do Barroso, olhou para uns cortiços que o Ti Zé Barroso ali tinha exposto e soltou esta ideia... "E que tal se nós formasse-mos um grupo de amigos com um nome específico e que nos pudesse identificar... Até poderia ser identificado com os Cortiços que o Sr. Zé ali tem expostos." E assim foi, depois de algum debate de ideias chegou-se à conclusão que o nome seria mesmo "Os Cortiços" e que a nossa identificação seria andar com um Cortiço ao pescoço, para nos ajudar a beber um copito sempre que fosse necessário. Ficou também definido logo à partida que neste grupo só fariam parte homens (que nos desculpem as mulheres). Assim sendo e desde então, este grupo tem crescido em amizade e confraternização, com as diversas actividades (leia-se lanches e jantaradas) que tem efectuado.