quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma amiga dos cortiços



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BTT na Mêda

Na sequência do último post, sobre a eventual presença do Cortiço Hugo no BTT da mêda, aqui estão as primeiras palavras ditas pelo próprio, logo após ter terminado este passeio.

"Aí está a recompensa de um esforço de 3 horas a pedalar pelos trilhos da Mêda.

Dasss... Mais parecia os corta fogos da marofa.

Nunca mais acabava.

Mas foi muito fixe.

Cumprimentos."

Hugo Coelho



Da parte que a mim me toca, tenho a dizer que este discurso foi bastante modesto, tendo em conta a preparação em que se encontra neste momento o Cortiço Hugo, a prová-lo está aqui uma foto que representa bem a prestação deste Cortiço nessa prova. Então, não é que ele trouxe mesmo uma medalha para casa. Não foi um terceiro lugar como esperava, mas esteve lá perto. Muitos parabens, pela prestação, continua assim... maluquinho, mas cheio de força!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Cortiço Hugo no BTT da Mêda

Este homem que vocês aqui vêm na foto é o Cortiço Hugo, com a bicicleta às costas no Passeio de BTT organizado pelos Cortiços. Nesta altura ele já andava com ideias, mas as pernas não o ajudavam, por isso passava maior parte do tempo com a bicicleta às costas...

Não é que agora, passados 3 meses do BTT organizado por nós, este rapaz decide internacionalizar-se???

É verdade soube agora que está inscrito para o passeio de BTT que se vai realizar na Mêda este fim de semana. Para ele aqui vão os votos sinceros de uma boa prova, e que deixe o nome dos Cortiços no lugar mais alto do pódio.


Força Hugo, pedala muito mas sem a bicicleta às costas, mostra aqueles gajos de que material é feito um Cortiço de gema.


Boa sorte...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Viagem ao Santo(V)inho 2007

Antes de começar a retratar esta magnifica viagem, quero antes de mais pedir desculpa pelo atraso na colocação deste post. MAS, tudo tem uma justificação… Neste caso, andámos muito ocupados durante a semana anterior nos preparativos para a Feira das Tradições, que decorreu 5 estrelas, como daqui a alguns dias virá a demonstrar o post que irei aqui colocar.
Feita esta ressalva, aqui vai mais uma narração cheia de inspiração, pelo menos assim espero…
No dia 23 de Junho de 2007 realizámos a nossa segunda viagem por terras deste nosso lindo Portugal. O roteiro desta vez, incluiu uma visita à Quinta da Azenha e Casa da Ínsua (Penalva do Castelo), Almoço em Viseu no Solar do Verde Gaio, Visita à Quinta da Fata em Nelas e novamente a Quinta do Satoninho, no Domingo efectuamos uma visita à cidade Berço de Portugal (Guimarães).
Devido a alguns contratempos ocorridos durante a marcação da viagem, o local final de paragem no Sábado, foi novamente a Quinta do Santoinho. Não é que, não seja bom, agora este ano, queria-mos mudar de sítio para conhecer umas novas paragens, contudo, o mesmo não foi possível já que obtivemos da Quinta da Malafaia (também em Viana do Castelo) uma resposta um pouco incompreensível. De acordo com eles, naquela quinta não podem entrar grupos organizados, muito menos, se dos mesmos, fizerem parte só homens. Não sei até que ponto isso será legal, mas também não interessa porque tudo o resto foi diferente e dias não são dias.
Posto isto, como manda a praxe às 8h00m estava marcada a partida, mas como sempre alguém se atrasa, acabámos por sair apenas meia hora mais tarde. Mesmo sabendo que o fim-de-semana ia ser duro, ainda houve uns corajosos que na noite anterior andaram por outras paragens (Almeida) e se deitaram já passava das quatro da manhã, depois, sempre que era possível tentavam dormir o pouco que fosse (mas ficam já a saber que era uma missão quase impossível).

Depois de uma viagem atribulada, com violas a cair em cima das cabeças e a necessidade urgente de ir à mala do autocarro, buscar uma arca com gelo para colocar na cabeça, logo no início da viagem, lá chegámos ao nosso primeiro ponto de paragem, a Quinta da Azenha situada em Penalva do Castelo.

Esta quinta é de carácter particular e pertence ao Sr. Albuquerque, até então, amigo do Manel do Petisco e depois daquela nossa estadia, passou a ser amigo de todos nós… LOL
Para o pequeno-almoço, foi combinado, que nós levávamos a comida (presunto, pão, chouriça, queijo, bola de carne), e ele colocava à nossa disposição o vinho. Uma coisa vos digo, tanto a comida como a bebida, foi um eterno regalo para os olhos e para o corpo.
Em seguida, fomos conhecer a quinta, mais propriamente a adega, que era isso que mais nos interessava. Chegados ao local do crime (pipas e tonéis), chegou a hora de fazermos a prova do vinho novo, que ainda estava a fazer-se por aquela altura. Neste momento um já deve estar engarrafado e outro já deve estar bebido. A vontade para alguns beberem era tanta que até se ajoelhavam, para que fossem os primeiros, não é senhor Rui do Príncipe… Mas como diz o velho ditado, se ajoelhou, vai ter que rezar. Vai daí, colocou a boca no trombone e só parou quando a música acabou.


Já de barriga cheia e com mais um convidado na bagagem (o Sr. Albuquerque), dirigimo-nos para a Casa da Ínsua situada também perto de Penalva do Castelo.
Para quem não sabe a Casa da Ínsua foi mandada construir na segunda metade do século XVIII, por Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, Governador e Capitão General de Mato Grosso, no Brasil.
Os jardins são notáveis, seja em extensão, originalidade ou variedade de espécies. O jardim da frente da casa, de estilo Francês, apresenta um traçado geométrico e canteiros rodeados de buxo. Constitui-se por inúmeras espécies botânicas, destacando-se as camélias, talhadas em várias formas, e as inúmeras variedades de roseira. Como se pode ver na foto o Manel do Petisco foi comparar a sua grande altura, com a de uma sequóia, mas nem lhe chegou aos calcanhares…



A visita a esta quinta é efectuada com um guia, que conta pormenorizadamente toda a sua história envolvente, mas como podem ver a atenção de alguns não estava para aí virada, e a barbaridade que outros faziam, só dava para a risada.




Uma das espécies mais notáveis do jardim, pela sua raridade, é a Lótus. As suas belíssimas flores cor-de-rosa não duram mais do que 48 horas e as suas enormes folhas são impermeáveis à àgua, apesar de estarem dentro de um lago e rodeadas por nenúfares. Destaca-se também uma Magnólia de 1842 e várias sequóias seculares (com cerca de 100 metros de altura). Enquanto isso, o Cortiço André interpretava mais um papel, fazendo de José Hermano Saraiva, para o câmara man, que na altura era eu (Cortiço Morais).


Já no final da visita fomos conhecer também a adega da Casa da Ínsua, e uma coisa vos digo, aquilo é que era uma adega, eu não sei se todos juntos dávamos conta do recado ao longo da nossa vida. Até o Cortiço Alex que não gosta muito de vinho ficou impressionado com tanta abundância. Á saída como era de esperar, demos mais um concerto bem afinado, para as pessoas que estavam ali de propósito para nos ver. Como era dia de S. João, houve até quem pensasse que a banda que ia tocar na festa tivesse chegado mais cedo (é que são malucos…).
Quem quiser saber mais acerca da Casa da Ínsua pode consultar o site em http://www.casadainsua.pt
Com esta brincadeira toda já era quase uma da tarde e tínhamos de ir almoçar. Entrámos todos para o autocarro, e o motorista fez-nos o favor de nos guiar para o restaurante “O Solar do Verde Gaio”, situado em Viseu. Foi um bom repasto, cheio de iguarias e especialidades.
O Complexo turístico “Solar do Verde Gaio” está vocacionado para o ramo hoteleiro, oferecendo uma enorme variedade de ofertas para todos os gostos e todas as situações. Sendo o maior restaurante da cidade deViseu, possui também um elevado requinte gastronómico aliado a uma imensa variedade de sabores. Do marisco fresco e de qualidadesuperior ao verdadeiro rodízio à brasileira, possui ainda na sua ementa pratos variados de confecção sofisticada, inevitavelmente aliados a um primoroso atendimento num ambiente acolhedor e de requintada decoração.
http://www.solardoverdegaio.pt
Pena é que a esta altura da viagem, houvesse quem já não conseguisse apreciar a comida tal era a pouca fome e a enorme vontade de beber…
Depois de almoçarmos, fomos outra vez para o autocarro, com destino à Quinta da Fata, situada em Nelas.
A casa da Quinta da Fata foi construída no final do século XIX com base no granito da região; foi aumentada nos anos 60 e remodelada em 1991. É uma casa com paisagem, que se pode desfrutar ou dos quartos e ou do terraço. A Quinta da Fata está localizada na região demarcada do Vinho do Dão. O ligeiro declive para Sul dá-lhe uma exposição soalheira que beneficia o vinho e que a torna particularmente aprazível. Para além da vinha, a quinta tem jardins, amplos relvados e zonas arborizadas. De entre as muitas árvores, destaca-se uma imponente tília centenária. Tanto a tília como a torre com o antigo depósito da água são bem visíveis e permitem identificar facilmente a quinta desde longe.

A Região Demarcada dos Vinhos do Dão é a mais antiga região demarcada de vinhos de mesa em Portugal. A Quinta da Fata, situa-se junto à aldeia de Vilar Seco, no Concelho de Nelas, coração dos Vinhos do Dão. A vinha da Quinta da Fata, foi recentemente replantada tendo em consideração as necessidades de modernização e as capacidades de produção actuais. Seleccionaram-se as castas mais representativas da Região do Dão: Toriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e Encruzado. O tipo de solo e a sua exposição a Sul favorecem uma produção de qualidade. O vinho Quinta da Fata continua a ser produzido na Quinta, utilizando os processos clássicos, com curtimenta em lagares de granito e estágio em cascos de carvalho.
Depois desta prosa toda, uma coisa posso dizer, o vinho daquela quinta era mesmo bom, pena é, que não pudemos trazer garrafas connosco sem ninguém ver, claro. Se quiserem saber mais ou efectuar reservas dirijam-se a http://www.quintadafata.com/


Depois desta visita, apenas voltámos a parar mais uma vez, numa estação de serviço, para aliviar a bexiga que já ia bastante cheia. Como não podia deixar de ser, tirámos os instrumentos todos do autocarro e fizemos ali um bailarico. O Cortiço Bruno Quintaneiro, ainda teve tempo de mostrar os seus dotes de tocador de concertina com o Cortiço Alex pela frente. Quem sabe, sabe!!!



Como já era o segundo ano consecutivo que estávamos presentes na Quinta do Santoinho, desta vez não houve enganos no trajecto, e também não caímos na esparrela de alugar quartos próximos do Santoinho. Este ano fomos dormir ao centro de Viana do Castelo, porque assim, quem teve forças ainda foi para a noite depois de virmos da Festa do Santoinho. Sobre a festa do Santoinho, não há muito a dizer que não se tivesse passado o ano passado. Ao ínico da noite tivemos de ir ajudar as mulheres a malhar o o centeio, para depois podermos comer o pão.

O Cortiço Marco e o Cortiço André só pensavam em comer, o Cortiço Filipe, estava de uma forma que se deixava rir por tudo e por nada, o Cortiço Neves tirou um momento de sobriedade e posou para a foto, o Cortiço Hugo estava tão farto de beber que já lhe doía a garganta, vai daí, decidiu começar a beber pela cabeça no seu todo. Depois no final da noite a festa era geral com o Manel do Petisco e o Cortiço Neves a fazerem o tradicional comboiinho transmontano…





A grande ressalva que tem de ser feita este ano, prende-se com o facto de os verdinhos estarem mais amadurecidos, e nos terem conseguido acompanhar até mais tarde! Mesmo assim ainda não foi mesmo até ao fim. Pode ser que para o ano assim calhe.















Na manhã de Domingo, o acordar foi mais fácil para uns do que para outros, mas com mais ou menos dificuldade, toda a gente se levantou. O local de paragem também estava perto (Guimarães), por isso não havia muito que desesperar.
Quando chegámos a Guimarães, como bons turistas que éramos demos uma volta à cidade mas de autocarro, e tudo isto porque não encontrávamos o restaurante para almoçar.
Assim, que encontrámos o dito cujo, o motorista deixou-nos à porta e ele foi estacionar o autocarro, logo ali ao lado. O Restaurante Florêncio é familiar de cozinha tipicamente regional, foi fundado por Florêncio Martinho e Ana Maria. Com fama centenária, são vários os prémios que nos foram já atribuídos em diversos concursos de gastronomia.
Dispõem de 2 salas (uma das quais mais reservada para grupos de 50 pessoas) e uma adega típica à entrada onde são visíveis os pipos de vinho para acompanhar os deliciosos petiscos enquanto se espera pelo repasto. E quem já conhece não consegue esquecer as famosas especialidades: o bucho recheado, o arroz de coelho de cabidela, o arroz de frango "pica no chão" e, muito mais, já para não falar nas sobremesas regionais. Para quem ainda não conhece, fica o convite! http://www.restauranteflorencio.com/

Em seguida e de barriga bem cheia, fomos visitar a mais valia da Cidade de Guimarães e quiçá de toda a história de Portugal. O Castelo de Guimarães está actualmente inserido numa paisagem lindíssima sobre toda a cidade Berço, assim como está envolto numa grande área verde preenchida com algumas árvores colocadas a preceito.

Depois de efectuada a visita, chegou a hora mais difícil de toda a viagem, o regresso. Como podem esperar o regresso não foi fácil para ninguém, foram dois dias muito cansativos do ponto de vista da garganta e do estômago, claro que mais tarde o fígado também veio fazer das suas como sempre.
Para sempre também fica mais uma foto deste maravilhoso grupo, num local emblemático para toda a história Portuguesa.


Espero que este ano esta viagem se repita, mas com outros locais de visita. Quem sabe para o Alentejo, Madeira, aceitam-se sugestões, desde que nesse fim-de-semana esteja a decorrer alguma actividade de interesse para nós (FESTAS).
Um muito obrigado a todos por terem conseguido ler este post até ao fim, porque, estava a ver que nunca mais terminava. Por agora é tudo e façam favor de comentar, que eu também mereço.
Próximo Post a ser colocado 3º Aniversário dos Cortiços.